domingo, 10 de outubro de 2010

A América Latina no século XX

Após sua independência política, a América Latina cai na dependência econômica do imperialismo inglês e norte-americano.

O subdesenvolvimento da América Latina se deu em função dos seguintes fatores: relação entre campo e cidade; taxa de natalidade e imigração; as condições do campo e o êxodo rural; concentração de renda e baixo nível salarial. Na década de 50, cerca de 60% da população da latino-americana era camponesa e rural. Atualmente esse dado praticamente se inverteu e 60% da população da América Latina está concentrada nas cidades. A taxa de natalidade é outro fator que contribuiu para a pobreza na América Latina, uma vez que na década de 60 a população cresceu 3,5% ao ano, proporcionando uma verdadeira explosão demográfica. O crescimento populacional foi favorecido pela imigração européia, ocorrida em fins do século XIX e início do século XX. As condições no campo, estava num verdadeiro estado de penúria. Devido ao baixo nível da população campesina, o elevado crescimento vegetativo, aliado à concentração de terras nas mãos de uma minoria, provocou o êxodo rural.

O processo de industrialização da América Latina atrazou-se em mais de um século em relação à Europa e aso Estados Unidos, devido o papel de exportadores de alimentos e matérias-primas e importadores de bens industrializados. Para a América Latina entrar na Divisão Internacional do Trabalho, era necessário exportar produtos de clima temperado, produtos estes de boa qualidade e preço reduzido, itens fundamentais para concorrer com os produtos europeus. Na prática manteve-se o "pacto colonial". Foi durante o período entre guerra que a América Latina começa ter seu primeiro surto de industrialização. Terminada a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Inglaterra perde sua hegemonia político e econômica, e, surgeos EUA como uma grande potência; ficando na vanguarda da industrialização mundial.

O crescimento industrial na América Latina se deu em função do capital estrangeiro, principalmente, o norte-americano. Mas, só a partir da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que este capital entra de forma violenta, avassaladora, que domina, oprime e impera; provocando uma dependência na América Latina. Este capital, também, irá entrar de forma violenta no campo.

O capitalismo no campo tinha como objetivo, superar o latifúndio para criar nas áreas rurais condições de consumo, ou seja, transformar o camponês em consumidor. Em vez de fazer a reforma agrária, os capitalistas investem recursos na tentativa de transformar as empresas multinacionais em empresas capitalistas.
Em função da violência do capital estrangeiro sobretudo norte-americano, surge os problemas sociais. As grandes empresas capitalistas contribuíram para a intensificação do processo migratório do campo para a cidade. O latifúndio provocou o desemprego no campo. As massas rurais, geralmente despreparadas, tornasse na sua maioria uma massa de subassalariados ou desempregados. Surge os bóias-frias e os sem-terras, que são as grandes massas de assalariados agrícolas que vivem nos povoados ou cidades e trabalham esporadicamente nos períodos de safras. Assim, as favelas e os bolsões de misérias são frutos dos problemas sociais.
Referência Bibliográfica:
História das Sociedades Americanas, Editora Ao Livro Técnico, Rio de Janeiro, 1990.
Autores: Rubim Santos de Leão de Aquino/Nivaldo Jesus Freitas de Lemos/Oscar Guilherme Pahl Campos Lopes.



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