sábado, 19 de dezembro de 2009

A Ditadura e os governos autoritários


A história política da maior parte das nações do planeta passaram por diversas formas de governo, dentre elas a ditadura, também conhecida como governos autoritários ou governos fortes.

O monopólio do poder por uma só pessoa encontra-se fundamentado aos interesses de uma determinada classe social: a burguesia. Para desmobilizar a maioria da sociedade contrária ao regime político imposto pela força, as ditaduras lançaçm mão dos aparelhos de repressão. As prisões arbitrárias, os sequestros, as torturas e os assassinatos são meios utilizados pelo regime como forma de silenciar os opositores, fazendo com que a população permaneça numa atitude de inércia, de letargia.

No decorrer dos séculos, às formas ditatoriais de governos, assumiram feições bastante diferentes. Na história da humanidade perpassam a idéia do governante superior aos demais seres humanos, onde o povo estaria ou deveria está submetido às ordens desse "ser superior". Como sabemos, todo e qualquer regime político que não respeita os chamdos "direitos do homem", conquistados a partir da Revolução Francesa (1789), são classificados como ditaduras, tiranias, etc.

A idéia do poder centralizado numa só pessoa irá fazer com que os pensadores burgueses justificassem a existência de "ditaduras". Para entendermos esse mecanismo político, é necessário nos retermos aos séculosXVI e XVII, onde os grandes teóricos políticos, dentre eles Maquiavel e Thomas Hobbes, irão responder através de suas teorias politicas os anseios da burguesia. Em O Príncipe, Maquiavel reforça a idéia de um poder forte e centralizado para garantir as necessidades da burguesia capitalista nascente. Já Hobbes, teórico do absolutismo afirma que o soberano não teria que dar satisfação a ninguém quanto à utilização do seu poder, caberia somente ao povo aceitá-lo e obedecê-lo. Partindo desse pressuposto, fica evidente que o Estado Absolutista não passou de uma espécie de "ditadura do monarca" em detrimento da maioria da população.

Nas nações capitalistas mais avançadas, a democracia burguesa atend(e)ia aos desejos de uma minoria. No entanto, esse tipo de democracia estabelec(e)ia uma forma de dominação política das classes dominantes. Ora, tal forma de governo não conduz a igualdade ou a soberania popular empregada desta forma. Basta citar, que o voto universal só foi conquistado na segunda metade do século XIX na Europa. Mas, conduz a exclusão sócio-politica, o que não passa de um regime de governo antipopular, isto é, autoritário.

No munoo ocidental contemporâneo encontramos os chamados regimes políticos totalitários do nazi-fascismo (Alemanha/Itália), franquismo (Espanha), salazarismo (Portugal) e as ditaduras latino-americanas, sempre, patrocinadas pelos Estados Unidos (o Estado Novo, no Brasil, durante o governo de Getúlio Vargas; o governo ditatorial de Pinochet, no Chile, entre outros).
De acordo com o processo histórico, percebemos que quando a burguesia capitalista não consegue lançar o modelo de democracia ideal aos seus interesses com sucesso, passa a utilizar os regimes autoritários e totalitários como forma de manter-se no poder.