sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Arqueólogos fizeram descoberta chocante por baixo das cabeças na Ilha da Páscoa!


Como se já não bastasse o que descobrimos até hoje, as novas descobertas na Ilha da Páscoa são realmente incríveis! As estátuas de cabeças gigantes já por si só sempre intrigaram a comunidade científica, por serem demasiado pesadas para serem transportadas por humanos há séculos atrás, e mesmo até nos dias de hoje seria complicado com toda a maquinaria moderna. Mas quando decidiram escavar por baixo dessas cabeças, o mistério só ficou maior ainda!
Desde a descoberta da ilha que sempre julgamos que eram somente as cabeças, contudo, fora da vista e enterrados estavam também os corpos, tornando estas estátuas autênticos colossos!

A Ilha da Páscoa é uma das mais remotas e desertas ilhas no mundo, localizada a mais de 2000 milhas da costa do Chile. As “Moai”, que até agora se julgava serem apenas cabeças, foram construídas por um povo de nome “Rapa Nui” (existe um filme que retrata isso, com o título “Rapa Nui”, vale a pena ver) algures entre 1250 e 1500 CE.
De acordo com os investigadores, a maior das 887 “Moai” tem mais de 10 metros de altura e pesa mais de 82 toneladas. Outra destas estátuas, se estivesse completa teria cerca de 25 metros de altura e 270 toneladas! Construídas a partir de 1 só pedra, é um mistério até hoje a forma como eles conseguiram transportá-las até à costa, e colocá-las ao alto!
Aqui fica também um pequeno vídeo que mostra estes verdadeiros colossos, uma maravilha feita pelo homem (ou não).

Fonte: http://www.altamente.org/arqueologos-fizeram-descoberta-chocante-por-baixo-das-cabecas-na-ilha-da-pascoa/

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Antepassado dos dinossauros é descoberto no Brasil

Representação
Os fósseis vêm de São João do Polêsine
Os fósseis vêm de São João do Polêsine
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Dois fósseis brasileiros com cerca de 230 milhões de anos, que acabam de ser apresentados oficialmente à comunidade científica, ajudam a entender como os dinossauros surgiram e se diversificaram. Numa palavra: devagarzinho.


É o que se depreende da convivência entre um dos mais antigos dinos conhecidos, o predador Buriolestes schultzi, de apenas 1,5 m de comprimento, e um carnívoro ainda menor, o Ixalerpeton polesinensis (que media 0,5 m).


À primeira vista, eles são muito parecidos –um tem cara de ser a miniatura do outro, praticamente -, mas o bicho menor não era bem um dinossauro. Pertencia, na verdade, a um outro grupo de répteis bípedes, os lagerpetídeos, derivado do mesmo tronco que também deu origem aos dinos.
"Você vê um momento de experimentação com várias formas diferentes de animais, muitas das quais acabam se extinguindo. É um 'miolo' muito complicado", diz o paleontólogo Max Cardoso Langer, da USP de Ribeirão Preto.
Ele coordena o estudo sobre os bichos extintos que está saindo na revista especializada "Current Biology". Também assinam a pesquisa Sergio Cabreira, da Universidade Luterana do Brasil, e Alexander Kellner, do Museu Nacional da UFRJ, entre outros cientistas.


Os fósseis vêm da pequena São João do Polêsine, cidade com menos de 3.000 habitantes fundada por imigrantes italianos no interior gaúcho, e datam do período Triássico. Os esqueletos estão bastante completos, o que é uma novidade importante –até hoje, dinos primitivos só tinham sido encontrados lado a lado de seus primos próximos em estado bastante fragmentado.


Além disso, se a análise proposta pelos cientistas brasileiros estiver correta, o B. schultzi é o mais primitivo dos sauropodomorfos –o grupo que, mais tarde, dará origem aos imensos quadrúpedes pescoçudos e herbívoros conhecidos popularmente como brontossauros. A ironia é que a linhagem desses animais parece ter começado com uma criatura que se alimentava de carne, e não de plantas. "Na verdade, não é uma surpresa, já que vários dinossauros primitivos também eram carnívoros", pondera Langer.


Alguns detalhes cruciais denunciam a diferença entre o dinossauro propriamente dito e o lagerpetídeo. Um deles é o chamado osso pós-frontal, que fica na órbita ocular do crânio do I. polesinensis. "Foi algo difícil de identificar no começo, a gente ficou pensando 'pô, mas que porcaria é essa?'. Trata-se de um osso que nunca está presente em dinossauros", conta Langer.


Além disso, embora ambos os bichos fossem bípedes, os ossos da pelve do lagerpetídeo sugerem que ele não tinha uma postura tão ereta quanto a do dino seu contemporâneo, com patas mais "espalhadas" na lateral ao se movimentar.


Como seria de esperar, os dentes do B. schultzi ajudaram os cientistas a estimar qual era sua dieta. Eles possuem formato recurvado, pontiagudo e achatado lateralmente, além de apresentar dentículos (serrilhas na superfície dentária) pequenos, todos exemplos de adaptação para devorar carne.

MIOLO EMBOLADO

Segundo Langer, a complicada situação evolutiva dos primeiros dinossauros e de seus primos "não dinossaurianos" fica menos esquisita se for comparada com a dos primórdios da evolução humana, que é igualmente complexa.
"No caso do homem, a gente tende a olhar as coisas pelo prisma de quem já sabe o suposto final da história, que é o aparecimento do Homo sapiens. O equivalente no caso dos dinossauros é ver os bichos mais conhecidos do Jurássico e do Cretáceo e achar que a evolução estava conduzindo os animais mais primitivos para atingir uma meta específica, o que não é verdade, lógico", explica ele.
Quando se esquece por um momento o destino de ambos os grupos, fica claro que nunca houve uma sequência do tipo "escadinha evolutiva" levando aos tiranossauros ou ao homem moderno, mas sim algo como arbustos genealógicos, ou seja, inúmeros grupos evoluindo mais ou menos ao mesmo tempo e experimentando estratégias ligeiramente diferentes de sobrevivência.
Essa situação embolada só muda com o fim do período Triássico, há 200 milhões de anos, quando os dinos propriamente ditos deslancham de vez como o mais importante grupo de vertebrados terrestres, enquanto muitos de seus parentes somem durante um evento de extinção em massa (talvez ligado a grandes erupções vulcânicas).
Não está claro o porquê de os dinos terem escapado dessa hecatombe para reinar no Jurássico. Langer cita algumas possibilidades: a sua postura bípede e ereta, que lhes conferia especial agilidade; a presença de estruturas semelhantes a penas rudimentares, ajudando-os a conservar melhor o calor do corpo; e a eficiência respiratória, teoricamente similar à das aves modernas, ideal para extrair o máximo possível de oxigênio da atmosfera pobre nesse gás do fim do Triássico.

Seja como for, é inegável que as extinções em massa foram cruciais para moldar os padrões da evolução dos dinos. Eles surgem depois da maior de todas elas, a do Permiano, há 250 milhões de anos, tornam-se dominantes após a do Triássico e são esmagados pela grande extinção do Cretáceo, há 65 milhões de anos, após a qual apenas os dinossauros avianos –ou seja, os ancestrais das aves atuais– sobrevivem, analisa Langer. 

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Exército de terracota da China pode ter influência grega, dizem arqueólogos

Da BBC
Exército de Terracota em Xian, na China (Foto: Maros M r a z/Wikimedia/Creative Commons)Exército de Terracota em Xian, na China (Foto: Maros M r a z/Wikimedia/Creative Commons)















Uma pesquisa revelou que o contato entre os chineses e os ocidentais pode ter acontecido mais de 1500 anos antes da chegada do explorador Marco Polo.
Arqueólogos descobriram que os gregos podem ter sido os inspiradores das famosas esculturas do exército de Terracota - conjunto de estátuas, encontradas a 4 metros de profundidade, que reproduzem em tamanho real os soldados do imperador da China Qin Shi Huangdi.
Eles disseram ainda que os escultores chineses podem ter sido treinados por artesãos gregos.
A viagem de Marco Polo à China foi documentada pela primeira vez no século 13, mas historiadores chineses identificaram vestígios que revelam que membros do Império Romano teriam visitado o país durante o segundo e terceiro séculos da Era Cristã.
"Agora temos provas que o Primeiro Imperador da China manteve contato com o ocidente antes da abertura da Rota da Seda - via comercial que ligava a China ao Mar Mediterrâneo e à Europa. É bem anterior ao que tínhamos pensado", disse a arqueóloga Li Xiuzhen.
Vestígios de DNA europeu foram encontrados na província chinesa de Xinjiang, o que pode significar que ocidentais viveram e morreram por lá antes e durante o governo do Primeiro Imperador.
Mudança de estilo
Os oito mil soldados do Exército de Terracota foram descobertos em 1974 por fazendeiros chineses e estavam a menos de um quilômetro da tumba do imperador Qin Shi Huang.

O estilo das peças contraria a tradição da época que era construiur esculturas mais simples, com cerca de vinte centímetros de altura e não figuras humanas em tamanho real.
A explicação para essa mudança radical na habilidade e no estilo, segundo Xiuzhen, é que a influência deve ter vindo de fora da China. "Agora acreditamos que o Exército de Terracota, além de esculturas de bronze encontradas, podem ter sido inspiradas pela arte grega", explicou.
O professor Lukas Nickel, da Universidade de Viena, diz que as estátuas de acrobatas de circo encontradas recentemente na tumba do Primeiro Imperador comprovam a teoria.
Ele acredita que Qin Shi Huang foi inspirado pelas estátuas gregas que chegaram à Ásia Central no século seguinte ao reinado de Alexandre, o Grande (que morreu em 323 a.C.). "Um escultor grego pode ter treinado os artesãos locais", disse.
Mais descobertas
As provas não pararam por aí. Os arqueólogos descobriram que o conjunto que forma a tumba do Primeiro Imperador é bem maior do que se pensava e duzentas vezes maior do que o Vale dos Reis, no Egito.

Foram encontrados também restos mutilados de mulheres, que seriam importantes concumbinas do Primeiro Imperador, além do crânio de um homem atravessado por uma flecha.
As investigações levam a crer que o crânio era do filho mais velho do Primeiro Imperador, que teria sido assassinado durante uma luta pelo poder após a morte do pai.
As novas revelações fazem parte do documentário "A maior tumba na Terra" (The Greatest Tomb on Earth), uma produção conjunta da BBC e National Geographic.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Mudança na órbita da Terra provocou migrações de homens pré-históricos

Do UOL, em São Paulo
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  • Reprodução/Natural History Museum
    Antigos humanos saíram da África para o resto do mundo
    Antigos humanos saíram da África para o resto do mundo
"Berço da humanidade", a África é o continente primordial da história humana na Terra. Os cientistas, contudo, não entendiam exatamente o motivo de as populações terem migrado do continente para o resto do mundo. Um estudo publicado nesta quarta (21) pela revista Nature dá pistas sobre o que ocorreu no planeta naquela época.
De acordo com a pesquisa conduzida por Axel Timmermann e Tobias Friedrich, da Universidade do Havaí, a dispersão de humanos da África para o restante da Terra ocorreu em quatro grandes ondas distintas nos últimos 125 mil anos. Todas, contudo, estão conectadas a mudanças no clima terráqueo ocasionadas porvariações na órbita que deixaram o planeta mais gelado.
Estudos anteriores já avaliavam a possibilidade de mudanças climáticas impulsionadas por variações orbitais terem influenciado a dispersão doHomo sapiens para fora da África. Faltavam, contudo, dados concretos sobre situações climáticas e datações de fósseis para corroborar a teoria.
Tobias Friedrich
Esta imagem mostra ocupação populacional há 80 mil anos; áreas em vermelho mais escuro contêm por volta de 28 indivíduos por km quadrado
Agora, a equipe de pesquisadores construiu modelos numéricos que quantificam os efeitos de antigas mudanças climáticas e no nível do mar na migração global dos últimos 125 mil anos. Os modelos identificam ondas grandes de migração glacial pela Península Arábica e pela região do Levante nos seguintes períodos: 106 mil a 94 mil, 89 mil a 73 mil, 59 mil a 47 mil e 45 mil a 29 mil anos atrás. 
Os resultados se aproximam bastante aos dados arqueológicos e a fósseis já encontrados. A descoberta mostra que as mudanças climáticas ocasionadas por alteração na órbita da Terra tiveram um papel crucial para moldar a distribuição populacional no mundo. Além disso, estima que o Homo sapiens chegou quase simultaneamente à Europa e à China entre 90 mil e 80 mil anos atrás.

As populações pelo mundo

A revista Nature também publicou nesta quarta-feira uma vasta pesquisa que mostra a influência global do continente africano e que busca entender como funcionaram as migrações da África. Em três publicações diferentes, cientistas se debruçaram sobre o genoma de 280 diversas populações ao redor do mundo, na maioria de grupos que não tinham sido alvos de grandes estudos.
Um estudo conduzido por David Reich, de Harvard, e colegas sequenciou genomas de 300 pessoas de 142 diferentes populações pouco estudadas, na maioria pouco pesquisadas no campo científico. Os cientistas notam que a população que deu origem aos humanos atuais começou a divergir pelo menos há 200 mil anos.
Já a pesquisa que teve como autor Eske Willerslev, da Universidade de Copenhague, sequenciou o genoma de 83 aborígenes australianos e 25 indivíduos das terras altas da Papua Nova Guiné. Os dados apontam que os ancestrais dos aborígenes e da Papua Nova Guiné divergiram de populações euro-asiáticas entre 51 mil e 72 mil anos atrás. Ainda foram identificados materiais genéticos de antigos humanos, como os denisovans e de um grupo hominídeo desconhecido.
Outro estudo feito pelos cientistas Luca Pagani e Mait Metspalu, do Estonian Biocentre, descobriu que parte do genoma dos atuais moradores de Papua Nova Guiné mostram ligação com uma população que divergiu dos africanos mais cedo dos que os eurasianos. A descoberta fomenta evidências para uma onda de migração da África há 120 mil anos que levou ao povoamento da Papua Nova Guiné.
Os estudos são novas peças encaixadas no quebra-cabeça da evolução do homem pelo mundo em migrações da África, mas ainda há muitas perguntas sobre a colonização humana pelo mundo.

domingo, 11 de setembro de 2016

Chega de humanos às Américas

Ciência

Estudo descarta chegada de humanos às Américas pelo Estreito de Bering 

Pesquisa aponta que rota só seria 'biologicamente viável' mais de 400 anos após chegada dos primeiros povos; hipótese é de caminho pela orla do Pacífico

Por: Estadão Conteúdo
10/08/2016 - 20h49min | Atualizada em 10/08/2016 - 20h53min
Estudo descarta chegada de humanos às Américas pelo Estreito de Bering  Ver Descrição/Ver Descrição
Estreito de BeringFoto: Ver Descrição / Ver Descrição
A principal teoria para explicar como os humanos chegaram às Américas é inviável do ponto de vista biológico, de acordo com um novo estudo realizado por um grupo internacional de cientistas e publicado nesta quarta-feira na revista Nature.
Por muito tempo, a ciência considerou que a rota mais provável das populações que saíram da Sibéria e chegaram ao atual Alasca para se espalharem pelo continente americano, há pelo menos 13 mil anos, teria sido uma ponte terrestre que ligava a Ásia à América do Norte, onde hoje fica o Estreito de Bering.
Com a última glaciação chegando ao fim, a retração de duas enormes geleiras que cobriam essa área teria formado um corredor — na região oeste do atual Canadá —, que teria permitido a passagem dos povos asiáticos, antes que a elevação do nível do mar deixasse o caminho submerso, formando o Mar de Bering.
O novo estudo, no entanto, aponta que o corredor entre as geleiras, formado há 15 mil anos, não poderia ter sido atravessado antes de 12,6 mil anos atrás, já que não era colonizado por plantas e animais, impossibilitando a longa viagem migratória. A conclusão da pesquisa é que esse não foi o caminho dos primeiros povos que chegaram à América, já que existem vestígios que confirmam a presença humana no continente há pelo menos 13 mil anos.
De acordo com os autores do estudo, coordenado por Eske Willerslev, da Universidade de Copenhague (Dinamarca), a hipótese mais plausível agora é que os povos da Ásia tenham migrado para a América viajando ao longo da costa do Oceano Pacífico - pela orla, ou por mar. Além dos pesquisadores dinamarqueses, o grupo inclui cientistas do Canadá, Reino Unido e Estados Unidos.
— Embora o corredor físico já estivesse aberto há 13 mil anos, apenas vários séculos depois tornou-se possível usá-lo como passagem. Isso significa que os primeiros povos a entrar nas Américas devem ter tomado uma rota diferente. Eles simplesmente não poderiam passar pelo corredor, como foi alegado por muito tempo — declarou Willerslev. — O que ninguém havia estudado até agora é quando o corredor se tornou biologicamente viável. Sem plantas e animais disponíveis, como eles poderiam ter sobrevivido à longa e difícil viagem por aquele caminho?
O cientista afirmou, no entanto, que a passagem pode ter sido usada mais tarde, em migrações mais recentes.
Análise genética
Para descobrir que não existiam plantas ou animais no corredor por onde teria passado a onda migratória, os cientistas analisaram os sedimentos no fundo dos lagos Charlie e Spring, nas províncias de British Columbia e Alberta, no Canadá. As duas regiões são as últimas áreas do corredor a terem ficado livres do gelo que o bloqueava.
A partir dos sedimentos locais, os cientistas conseguiram reconstruir a história do ambiente local, analisando o DNA de animais e plantas que viveram ali no passado. A análise demonstrou que a paisagem só começou a ser colonizada por vegetação há 12,6 mil anos. Só a partir de então começaram a aparecer animais, incluindo bisões e mamutes, que foram essenciais na dieta dos caçadores que migraram para as Américas.
Com a hipótese da migração pelo corredor descartada, os cientistas acreditam que o caminho mais provável para os primeiros colonizadores das Américas tenha sido uma travessia ao longo da orla do Oceano Pacífico, caminhando pelas margens livres de gelo e expostas pelos baixos níveis do mar naquela época, ou por navegação costeira.
A hipótese, no entanto, será de difícil confirmação, porque as linhas costeiras da América do Norte naquela época foram inundadas com a elevação do nível do mar, após o fim da última glaciação, deixando as evidências arqueológicas submersas.
*Estadão Contéudo