quarta-feira, 27 de junho de 2012

A atividade política como resultado das relações sociais


A partir das experiências históricas em que aparece envolvidas nas lutas da classe trabalhadora, os sindicatos elucidam exemplamente o significado da política através dos movimentos operário. A transformação da realidade resulta da atividade dos homens vivendo em sociedade. Seja nos sindicatos, através de sua representatividade e participação; com suas ideologia, é que os homens "têm todos as condições de interferir, desafiar e dominar o enredo da história."

A vida política passa pela realização de metas, relativas aos interesses sociais. Os organismos sindicais não podem ser visto como a síntese de um sindicalismo apenas reivindicativo. Mas, incluídos de uma política voltada à realização das aspirações coletivas, pautada numa prática política-sindical trasnsformadora. Onde as relações entre os homens não oculte "o seu papel de elmento dinâmico, de produtor da história."

Sonhar é preciso, desde que realizemos o sonho meticulosamente e o confrontamos passo a passo com a realidade, observou Lênin. Assim, os arautos da própria atividade política, o exercício de uma atividade transformadora das condições impostas. Os sindicatos não podem aceitar a espoliação da classe operária, nem do cerceamento dos seus direitos. Logo, não pode transforma-se em apêndices de instituições coercitivas, significando uma amarra para a classe proletária. A atividade política-sindical não pode está a serviço de interesses privados. Sem a participação efetiva das entidades sindicais as lutas operárias estarão fadadas ao fracasso.

As diferenças e os conflitos existentes entre as classes sempre irão de existir. Para Karl Marx (1818-1883), o motor da História é a luta de classes. Portanto, o motor da transformação. Contudo, a classe que explora (os capitalistas) se opõe em relação a classe explorada (o proletariado). Na sociedade capitalista, as classes antagônicas "estão em constante processo de luta". A classe produtora (operários e trabalhadores rurais), se desenvolveu nos poros da sociedade capitalista, durante a Revolução Industrial do século XVIII, na Inglaterra. A sua força histórica vem das lutas operárias contra a defesa dos interesses capitalistas, em detrimento dos interesses do trabalhor.

Ao que parece, os sindicatos passam a ter uma relação muito estreita com a atividade política dos homens. Atividade, esta, que sempre foi o ponto de partida para grandes transformações sociais. No entanto, caberá as entidades sindicais e aos partidos políticos de esquerda a tarefa de fazer a crítica da sociedade capitalista. Para fazer avançar a luta política, o proletariado tem que "reconhecer as próprias condições de sua existência." O proletariado, enquanto classe específica do capitalismo deve buscar no materialismo dialético uma forma de transformar o mundo e não, somente, interpretá-lo sob diferentes formas como fizeram os filósofos do passado.

A coletividade é socialmente edificada mediante a prática política de todo o conjunto social. A construção da realidade está assentada no cotidiano, onde as comunidades humanas produzem o conhecimento que necessitam os indivíduos para a construção social da realidade.

A instituição dos padrões de comportamentos e valores são determinados, e transmitidos pelas instituições criadas pela sociedade, como também pelo Estado através dos seus aparelhos ideológicos, "que possui em si um controle social." Todavia, a nossa consciência é determinada, socialmente, pelas instituições. O homem sem apreender a realidade cotidiana de maneira crítica e reflexiva fica condicionado as estruturas dominantes. Assim, a ideologia dominante impede que o homem reflita sobre as condições e processos da construção da realidade através das instituições. Como reflexo desse estado de coisas, eclodiram os movimentos populares, as manifestações, etc. Sem compreender a realidade, o homem não será capaz de transformá-la.

A classe trabalhadora sem o apoio das corporações sindicais e dos partidos de esquerda torna-se fragilizada diante dos esquemas e contradições políticas. Desde a criação das Capitânias Hereditárias, em 1534, por D. João III, o Brasil-rural completa mais de quatro séculos de latifúndio e padecimentos. A miséria e a submissão do campesinato foram frutos do latifúndio improdutivo. Assim, o operariado e os trabalhadores rurais ficaram "inteiramente excluídos do sistema de poder." Portanto, "proletários de todo o mundo uni-vos!."


Por José Lima Dias Júnior

2 comentários:

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  2. Caro João Nobre,

    Respeito seu ponto de vista. Porém, não concordo com quando diz que "Hoje Marx está morto e o Marxismo também..." Ademais, não é perda de tempo buscar o pensamento marxista para compreender a realidade existente. Creio que é de um primitivismo negar a importância que teve Marx, Engels entre outros pensadores. Assim como, você tenho raízes no meio rural, nem por isso tenho execrado e colocado na sarjeta ou vala comum todo um legado deixado por Marx. Nobre João, seus posicionamentos me tem fortalecido para entender o fazer-diário enquanto historiador. Valeu pela discussão, quileto amigo.

    Abraços,
    Prof. José Lima Dias Júnior

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