No mundo contemporâneo, tudo muda a cada momento. Diante de um modelo de desenvolvimento, completamente, atrasado torna-se difícil a sobrevivência dos homens que constituíram hábitos, costumes, tradições e que resistem a formas diferentes de vida.
Portanto, é necessário uma educação (ambiental) para um mundo em transformação. Se o homem não for educado (mediante o conceito de mudança) para corrigir seu comportamento terá dificuldade em responder aos desafios contemporâneos.
Diante do exposto, nos cabe um questionamento. Essa modernidade, amparada nos pilares do processo e da tecnologia, criou condições para que o ser humano aprofundasse a consciência de si mesmo e do outro?
Assim sendo, tal incerteza, exposta acima, nos remete ao pensamento da historiadora Janice Thedoro (Karnal. Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 6 ed. São Paulo: Contexto, 2010) quando diz que:
"Diante de tantos desafios o nosso papel enquanto educadores, é auxiliar os jovens a compreender melhor esse mundo repleto de tantas variáveis." ( p.51)
Janice, ainda, acrescenta que "para que possamos vencer os desafios da vida contemporânea temos que problematizar a realidade que nos cerca." Como bem pensou Paulo Freire, "a aprendizagem vem quando o aluno problematiza. Portanto, é por meio do conhecimento que podemos transformar a realidade.
Com o mundo em contínua transformação é imprescindível supor a educação ambiental como algo útil e aplicável ao cotidiano dos educandos. Pensando assim, tenho a certeza que a sustentabilidade é possível.
A partir de análises sobre a realidade brasileira, ou seja, a partir da constatação da necessidade de discutir questões presentes no cotidiano dos brasileiros, como, por exemplo, a degradação ambiental, o descarte dos resíduos sólidos de maneira indevida, a poluição dos rios, as queimadas, etc., visíveis em diversas regiões do país, e na necessidade de preservação dos recursos naturais e da contenção da degradação do meio ambiente, como forma de assegurar a própria sobrevivência são temas que devem ser referências constantes na prática escolar dos alunos de ensino fundamental (I e II) e ensino médio.
Desse modo, o que se busca é um conhecimento aplicável à realidade que não se trata de apontar fórmulas e soluções, mas de identificar procedimentos e visualizar, possibilidades, caminhos que nos direcionem a uma vida sustentável.
Por conseguinte, na sociedade de consumo, a qual estamos inserido, somos "reconhecidos, avaliados e julgados" por aquilo que consumimos ou possuímos. Portanto, é absolutamente preciso fazer com que o aluno visualize a importância do saber dentro de sua realidade. Isto é, educar para transformar.
José Lima Dias Júnior, professor da E. M. Genildo Miranda, zona rural de Mossoró.
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