A inumana hostilidade era mais forte no olhar dos republicanos. Olhar, onde o ódio ia matando e devorando vidas. E, o homem se batia contra as paredes das covas que iam se acumulando. A morte abria caminhos... À noite, junto ao fogo abrasador, o exército reunido obedecia as mensagens escritas para destruir o Arraial. Os arbustos recolhidos, diante do solo daquele sertão inospito e arenoso, sagram e encharca de sangue o solo da República amarga. A minha terra ressequida pela crueldade da tirania, mancha nossa estirpe e impede a direção do nosso destino.
A cólera dos algozes desencadeia em nós, a forma da pátria, um canto fúnebre. Pela pólvora e pelo chumbo da artilharia nosso sonhos foram debulhados pelo poder dos impiedosos. Dos últimos mortos que tombados injustamente renascem em flor com suas folhas adormecidas e se faz canto povoando a aridez do lugar. Que se move no firmamento e cristaliza com suas raízes a ferida radiante que o ódio cotidiano imprime em nós. Em algum ponto da América, o povo espera pelo que virá. Um outro tempo... Que apague as dores daqueles duros dias de espera... Como o canto seu, que se faz ouvir em toda latitude, que afasta as pequenas vidas dos ares das trevas. Sou parte sua... As letras que são minha vida me guiam todas às noites por entre flores ocre, que encrespadas e espessas acariciam os que passam pelas ruelas. Sob a areia cruel do relevo ilimitado ecoa o grito da miséria, intrépida, nas planuras.
O camponês derramava às lágrimas que a cada gota do pranto do seu martírio aumentava suas súplicas. Perseguido e oprimido pela ameaça invisível que arrebata em golpes os pálidos vermes, que prenhe de arranjos obscuros, nutre no teu ventre fungos nauseabundos. Macro e micro-organismos povoam tuas feridas, cuja as larvas lugúnbre cruzam a matéria morta que mastiga a carne putrefata e pustulenta do sujo delator. Balas ao povo... A terra regada pelo sangue derramado deixado pelo caminho um perfume de odor amargo, germinando no chão homems apodrecidos. Gotas infinitas caem do teu rosto que molha outras terras e inunda minhas lembranças. Pelos ares, as leis, da república, destroçam e derrubam os corpos desnudos. Despojos mutilados submersos na pele nua, absorve em gota o soro noturno. Nas entranhas do ventre petrificado habita flores mortas, enredadas no silêncio da armadura, imperceptível ao olho humano.
Dentro da rubra rosa, olhos vazios consomem a carne de imortais ausentes. O filho do homem trás à morte presa à cintura, que devora o tempo infinito, que dorme em cinzas os desígnios sagrados. Sobre nós cai o cântaro da criatura aflita, cujo perfume molhado cobre a pequena noite. Escondido na cavidade das pedras, as águas removiam um deus diminuto. Respirando o infinito, aspirei homens rotos. Quando ao longe vejo, um troço humano de perfil borrado, dançando, envolto, no inferno diurno da noite.
Revelando estações, formas sombrias invadem à noite que devora a indecisiva primavera, ultra violeta, recoberta da flora enxofrada que tece na tarde cálida a desolação do espírito humano. Sobre as pedras escarpadas, corre águas vis que, desemboca nas minhas dores o frio das últimas manhãs. Nas altas terras, cujos sacerdotes ébrios disputavam as moedinhas no chão, um velho monarca percorria o pântano dos mortos com suas cruzes feitas de pedras escalarte. Os rostos que se cruzam como as veias abertas dividindo a terra, desemboca em tuas águas o sangue silvestre da ira e da morte. Recolhemos a douçura dos dias estendida em minhas páginas de espaçosa brancura. Na cruz noturna da sombra abrem-se os ramos da germinal folhagem verde da vida, que pariu com lágrimas à noite dos Homens.
A cólera dos algozes desencadeia em nós, a forma da pátria, um canto fúnebre. Pela pólvora e pelo chumbo da artilharia nosso sonhos foram debulhados pelo poder dos impiedosos. Dos últimos mortos que tombados injustamente renascem em flor com suas folhas adormecidas e se faz canto povoando a aridez do lugar. Que se move no firmamento e cristaliza com suas raízes a ferida radiante que o ódio cotidiano imprime em nós. Em algum ponto da América, o povo espera pelo que virá. Um outro tempo... Que apague as dores daqueles duros dias de espera... Como o canto seu, que se faz ouvir em toda latitude, que afasta as pequenas vidas dos ares das trevas. Sou parte sua... As letras que são minha vida me guiam todas às noites por entre flores ocre, que encrespadas e espessas acariciam os que passam pelas ruelas. Sob a areia cruel do relevo ilimitado ecoa o grito da miséria, intrépida, nas planuras.
O camponês derramava às lágrimas que a cada gota do pranto do seu martírio aumentava suas súplicas. Perseguido e oprimido pela ameaça invisível que arrebata em golpes os pálidos vermes, que prenhe de arranjos obscuros, nutre no teu ventre fungos nauseabundos. Macro e micro-organismos povoam tuas feridas, cuja as larvas lugúnbre cruzam a matéria morta que mastiga a carne putrefata e pustulenta do sujo delator. Balas ao povo... A terra regada pelo sangue derramado deixado pelo caminho um perfume de odor amargo, germinando no chão homems apodrecidos. Gotas infinitas caem do teu rosto que molha outras terras e inunda minhas lembranças. Pelos ares, as leis, da república, destroçam e derrubam os corpos desnudos. Despojos mutilados submersos na pele nua, absorve em gota o soro noturno. Nas entranhas do ventre petrificado habita flores mortas, enredadas no silêncio da armadura, imperceptível ao olho humano.
Dentro da rubra rosa, olhos vazios consomem a carne de imortais ausentes. O filho do homem trás à morte presa à cintura, que devora o tempo infinito, que dorme em cinzas os desígnios sagrados. Sobre nós cai o cântaro da criatura aflita, cujo perfume molhado cobre a pequena noite. Escondido na cavidade das pedras, as águas removiam um deus diminuto. Respirando o infinito, aspirei homens rotos. Quando ao longe vejo, um troço humano de perfil borrado, dançando, envolto, no inferno diurno da noite.
Revelando estações, formas sombrias invadem à noite que devora a indecisiva primavera, ultra violeta, recoberta da flora enxofrada que tece na tarde cálida a desolação do espírito humano. Sobre as pedras escarpadas, corre águas vis que, desemboca nas minhas dores o frio das últimas manhãs. Nas altas terras, cujos sacerdotes ébrios disputavam as moedinhas no chão, um velho monarca percorria o pântano dos mortos com suas cruzes feitas de pedras escalarte. Os rostos que se cruzam como as veias abertas dividindo a terra, desemboca em tuas águas o sangue silvestre da ira e da morte. Recolhemos a douçura dos dias estendida em minhas páginas de espaçosa brancura. Na cruz noturna da sombra abrem-se os ramos da germinal folhagem verde da vida, que pariu com lágrimas à noite dos Homens.
Texto-poema escrito em 19 de novembro de 2003.