segunda-feira, 28 de março de 2011

Algumas considerações sobre a Globalização

Nos últimos quinze anos, a aeconomia mundial passou por grandes transformações. A Guerra Fria acabou e o capitalismo expandiu-se para países do antigo bloco socialista. Ao mesmo tempo, a maioria das nações abriu suas economias, o que estimulou a entrada de investimentos externos e o aumento das exportações.
Organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, além de governos liberais e empresas multinacionais, difundiram a idéia de que a abertura econômica e a redução do papel do Estado nas economias, por meio das privatizações, era o caminho para o desenvolvimento de todas as nações.
Início das Mudanças
O termo “globalização” passou a ser utilizado para descrever essa realidade de crescente interdependência entre governos, empresas, movimentos sociais e individuais. Entretanto, o fenômeno não é tão recente assim.
Diferentes ciclos de globalização sucederan-se no mundo, desde a Antiguidade. Entre os séculos XV e XVII, houve uma radical mudança de escala. As grandes navegações, a colonização de novas terras, o estabelecimento de rotas comerciais planetárias e a intensa acumulação de capitais preparam o terreno para o surgimento de uma economia capitalista mundial. A Revolução Industrial, no fim do século XVIII, a expansão das áreas industrializadas e das comunicações, no século XX, definiram novas etapas desse mesmo processo.
Hoje, a economia ficou muito mais integrada. Cadeias de produção e fluxos de capital e mercadorias interligam nações distantes. O processo foi estimulado por novas tecnologias de informática e telecomunicações. Os capitais podem fluir imediatamente de um ponto a outro do planeta, em busca de taxas de remuneração mais atrativas. Com isso, os países também se tornaram reféns da conjutura mundial. Uma alteração de juros nos Estados Unidos (EUA) ou um aumento nos preços do petróleo passaram a repercutir quase instantaneamente no resto do mundo.
Se a globalização envolve uma interdependência real entre economias e sociedades, ela também acenou com perpectivas que não se concretizaram. Imaginou-se um mundo plenamente integrado e sem fronteiras, no qual o próprio conceito de nação seria abolido. Para isso, os países deveriam eleiminar entraves aos capitais e produtos externos. Novas tecnologias e métodos gerenciais promoveriam, por si sós, o aumento geral da produtividade, o bem –estar dos indivíduos e a redução das disparidades entre os países.
Desigualdades
Ao contrário disso, os países industrilizados continuaram prosperando mais que as nações em desenvolvimento. Se em 1990 a renda média dos 20% mais ricos da economia mundial era 60 vezes maior do que a dos 20% mais pobres, em 1999 ela passou a corresponder a 74 vezes. Um dos motivos do agravamento dessas diferenças é a política protencionista praticada pelas nações desenvolvidas, que concedem subsídios para a indústria e a agricultura e dificultam a entrada de mrcadorias vindas de outros países. Com isso, os países em desenvolvimento para os quais os produtos agrícolas têm grande importância na balança comercial, enfrentam dificuldade em exportar. Só em 2002, os agricultres dos países ricos receberam subsidios de 350 bilhões de dólares. Essa injeção de dinheiro na produção derruba o preço final das mercadorias. Assim, não há concorrência que sobreviva. Uma das consequencias é que quase dois terços das vendas mundiais continuam sendo praticadas pelas nações desenvolvidas.

Fonte: www.geoeconhecimento.blogspot.com

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