segunda-feira, 3 de março de 2014

CURIOSIDADES!

Contém: besouros, plástico, cimento,fungos, bactérias e bombas!

por Texto Aryane Cararo

Ketchup com ingredientes do cimento, insetos para dar cor à salsicha, gases bélicos no creme de barbear. Calma! Ao contrário do que se pensa, poucos aditivos químicos fazem mal e muitos são tão naturais quanto um alface. Conheça a ciência bizarra dos produtos mais comuns na sua casa.
KATCHUP - Ele é mais natural do que você imagina.
COMPOSIÇÃO: polpa de tomate, vinagre, sal, espessantes (goma xantana e pectina) açúcar, conservantes (ácido sórbico e cloreto de cálcio).
Goma xantana
Trata-se de meleca de bactérias. Esse carboidrato gelatinoso vem das bactérias Xanthomonas, uma praga que ataca verduras e a cana-de-açúcar, vivendo de sacarose. Na indústria, elas são criadas para virar uma gosma, que dá consistência a sucos, sorvetes, xaropes, cremes dentais. Também é usada em tintas de parede e até para lubrificar brocas de perfuração de petróleo.
Ácido sórbico
Sem ele, o ketchup ficaria com uma camada branca ou cinza em poucos dias. O ácido sórbico evita que apareçam bolores e leveduras em alimentos ácidos, como refrigerantes, iogurtes e maionese. Extraído da tramazeira, uma árvore que dá frutinhos vermelhos, é um dos conservantes mais eficientes e menos tóxicos que existem – faz menos mal que o sal de cozinha ou o vinagre.
Cloreto de cálcio
Esconde do sabor a acidez do ketchup – mas não a elimina, já que a acidez inibe microorganismos. O cloreto de cálcio une os ingredientes, evitando que a água se separe da mistura. Fora da cozinha, aparece no extintor de incêndio e até em misturas de concreto, para reduzir o tempo de endurecimento do cimento. Na concentração usada em alimentos, não faz mal à saúde.
Pectina
Sabe aquela casca branca da laranja? Ela é cheia do polissacarídeo pectina, o principal componente da parede celular dos vegetais. Da casca da laranja e dos resíduos da polpa da maçã, se extrai o suco de pectina. Quando está em meios ácidos e doces, como o ketchup, esse suco deixa a massa cremosa, ajudando a goma xantana a tornar o resultado mais consistente.
CREME DE BARBEAR - Das bombas de guerra para o seu rosto.
COMPOSIÇÃO: gordura (ácido palmítico e ácido esteárico), estabilizantes (BHT , hidroxietilcelulose e sílica), base (trietanolamina), fragrâncias, corante CI 42090, gases propelentes (isopentano e isobutano), solventes (água e propileno glicol), óleo de Melaleuca alternifolia (anti-séptico), hidratantes (oleato de glicerila, sorbitol e PEG-90M.
Ácidos palmítico e esteárico
Os dois são gordura vegetal: o primeiro vem da palma e o segundo é extraído principal­mente da mamona. É a reação desses ácidos com uma base que forma o sabão. Por isso, os dois são usados para dar corpo a várias loções cremosas. O ácido palmítico também protege a pele dos efeitos irritantes das matérias-primas detergentes.
Trietanolamina
A espuma que sai do recipiente é, em grande parte, obra desse ingrediente. Em contato com o ar, ele reage com os ácidos e forma o sabão. É controlado pelo Exército, já que é um componente do nitrogênio mostarda, usado no tratamento de câncer e no gás mostarda, arma conhecida desde a 1a Guerra Mundial.
Isopentano e isobutano
Com a crise da camada de ozônio, as fábricas tiveram de trocar o CFC por gases menos nocivos, como esses dois. Inflamáveis, eles se expandem rapidamente e expulsam a espuma do frasco. Não são tóxicos, mas asfixiam em concentração alta, já que deslocam o oxigênio.
Sílica
A sílica em pó é vilã das doenças pulmonares, mas, no estado líquido, serve como um estabilizante. Dentro da embalagem, sob pressão, o produto precisa de agentes como a sílica para evitar que os gases, sob forma líquida, se misturem.
Oleato de Glicerila, sorbitol e PEG-90M
O rosto dos homens seria como o de um Frankenstein não fossem esses 3 amigos. Eles hidratam as células da pele, deixando-a escorregadia e protegida para que a lâmina de barbear deslize na boa.
SABONETE ESFOLIANTE - Tira gordura, repõe gordura.
COMPOSIÇÃO: polietileno, gordura (ácido esteárico, ácido de coco e cocoato de sódio), detergentes (isetionato de sódio e estearato de sódio), água, hidratantes (sebato de sódio e cocoilisetionato de sódio), dióxido de titânio, óleo de amêndoa, óleo de semente de girassol, sal, óxido de zinco e conservante EDTA.
Polietileno
Sabe aquela areia do sabonete esfoliante? Não é areia, mas plástico, o mesmo de qualquer saco de supermercado. A diferença é que, na fórmula cosmética, ele está no formato em que é comercializado como matéria-prima: em grânulos.
Isetionato de sódio
Um dos principais componentes do sabonete, o isetionato tem propriedades detergentes. Separa do corpo as partículas de gordura muito finas. Por ter baixo poder de irritação, é o queridinho na fabricação de produtos hidratantes.
Cocoilisetionato de sódio
Sua função é a oposta do item anterior: depositar na pele uma camada de gordura, repondo a proteção natural do corpo e deixando a pele menos exposta à agressão dos detergentes presentes na fórmula.
Dióxido de titânio
No sabonete, o dióxido é o agente que opacifica o produto, ou seja: dá ao sabonete aquele aspecto branco cremoso. Junto ao óxido de zinco, é muito utilizado em protetores solares, pois os dois são capazes de barrar a radiação solar.
Óleo de semente de girassol
Usado em cremes vegetais, como a maionese, entra na fórmula do sabonete porque nutre e hidrata as células da pele.
Estearato de sódio
É o componente que forma o sabão. O estearato é um tensoativo, ou seja, mistura e dissolve a sujeira, o sebo e o suor da superfície da pele, para que sejam todos arrastados pela água ralo abaixo.
XAMPU - Brincando com a energia elétrica do seu cabelo.
COMPOSIÇÃO: água, detergentes (lauril éter sulfato de sódio e cocoamidopropil betaína), reguladores de viscosidade (diestearato de etilenoglicol e carbômero), sal, fragrância, cloreto de guar hidroxipropiltrimônio, palmitato (pró-retinol A), BHT, formaldeído, dimethiconol, vitamina A, ceramida, corante CI 17200, hidróxido de sódio, ácido cítrico.
Ácido cítrico
Ele dá a sensação de frescor no refrigerante, mas na fórmula do xampu regula a acidez para deixá-la idêntica ao pH dos fios de cabelo. Assim, afasta a possibilidade de irritação.
Lauril éter sulfato de sódio
Correntes de internet volta e meia afirmam que o lauril é cancerígeno, mas a Anvisa já deu parecer favorável a esse superdetergente. Ele é carregado com íons que abrem a camada externa dos fios, tirando a sujeira do cabelo. Também é usado em cremes de limpeza da pele, amaciantes de roupas e sorvetes, misturando os ingredientes.
Cocoamidopropil betaína
Controla o tamanho das bolhas de espuma, ajudando a reduzi-las e deixando-as parecidas. Também abre as cutículas dos fios – e, quando faz isso, o cabelo perde o brilho.
Cloreto de guar hidroxipropiltrimônio
Esse aditivo impronunciável é um dos amigos do cabelo. Depois que os tensoativos abrem as cutículas dos fios e tiram a sujeira, o cloreto de guar etc., que tem carga elétrica contrária à do cabelo, neutraliza tudo. Fios fechados e superfícies lisas refletem melhor a luz, gerando brilho.
Formaldeído
Isso mesmo: o formol, usado para embalsamar cadáveres, também vai no xampu. Até 0,2% de concentração, ele não causa dano nenhum. Por volta de 4%, vira um poderoso alisante de cabelos (usado na ilegal escova progressiva), mas pode provocar câncer.
Hidróxido de sódio
Calma! A soda cáustica não vai queimar o cabelo. Sua função é só estabilizar a mistura e ser base para o sabão.
REFRIGERANTE - Água, gás carbônico e cor.
COMPOSIÇÃO: água gaseificada, açúcar, suco natural de laranja 10%, acidulante INS 330, conservante INS 211, estabilizantes INS 444 e INS 480, aroma sintético idêntico ao natural, corante artificial INS 110 (amarelo-crepúsculo), antioxidante INS 300.
Água gaseificada
Para que o refri tenha as famosas bolhas, água a gás carbônico são combinados no carbonizador – um aparelho que comprime e dissolve o CO2 na água. O resultado é um ácido líquido, o ácido carbônico, ou água gaseificada. Já dentro da embalagem, os refrigerantes recebem uma dose extra de gás carbônico para conservar a bebida. Quando você abre a garrafa, ele foge imediatamente.
Acidulante INS 330
A sigla INS vem de International Number System, o sistema numérico padrão para aditivos químicos. O 330 é o velho ácido cítrico. Ele deixa a bebida mais ácida, reduz os micróbios presentes ali e também é responsável pela sensação refrescante do refrigerante. O ácido cítrico é produzido por um fungo, o Aspergillus niger, durante a fermentação do melado de cana-de-açúcar.
Estabilizantes INS 444 e 480
Servem para que o refrigerante não separe a água dos óleos essenciais durante o prazo de validade, mantendo o gosto da bebida. Sem eles, a Fanta teria tudo, menos gosto de laranja. Bebidas energéticas e sucos também agradecem: com esses dois aditivos, cada gole é igual ao outro.
Corante artificial INS 110
Sintetizado a partir da tinta de alcatrão, o corante amarelo-crepúsculo está em quase tudo que é cor de laranja, como balas, cereais, xaropes. Pessoas com asma ou hipersensibilidade à aspirina podem ter reações adversas, como rinite – por isso, o INS 110 foi proibido na Finlândia e na Noruega.
Antioxidante INS 300
Um nome difícil para o ácido ascórbico, também conhecido como vitamina C. Serve para evitar que a bebida sofra oxidação e o aroma permaneça igual.
SALSICHA - Tem besouros em pó, fumaça em pó e até carne.
COMPOSIÇÃO: carne mecanicamente separada de ave, pele e miúdos suínos (fígado, rins, coração), carne suína, gordura de ave, água, proteína texturizada de soja, amido (máx. 2%), sal, açúcar, alho. Estabilizante tripolifosfato de sódio, aroma de fumaça, glutamato monossódico, conservante nitrito de sódio, antioxidante eritorbato de sódio, corantes urucum e carmim de cochonilha.
Carne mecanicamente separada
No início, é o frango. Depois que a desossa manual tira o peito, a coxa e a sobrecoxa, o que sobrou vai para a prensagem mecânica. Ali é extraída a carne dentre os ossos, que sai da peneira em forma de pasta. Sem esse processo, boa parte da carne iria para o lixo. É nojento – e mais barato.
Pele e miúdos suínos
Se só tivesse carne, a salsicha seria dura e cara. A pele de porco cozida é fonte de proteína de gordura e de colágeno (uma gelatina que deixa a mistura macia). O coração dá cor à massa, já que é rico em mioglobina (o pigmento vermelho da carne). Já os outros componentes (fígado e rins) não têm função certa: servem mesmo para encher lingüiça, ou melhor, salsicha.
Água, proteína de soja e amido
Uma invenção brasileira. Para substituir parte da gordura, as indústrias nacionais usam água. Para reter essa água, é preciso adicionar proteína de soja e amido (fécula de mandioca). Essa soma reduz a quantidade de gordura – enquanto as salsichas estrangeiras têm até 30% de gordura, as nacionais levam de 20% a 22%.
Tripolifosfato de sódio
Coadjuvante do sal, ajuda a manter a gordura misturada à massa. A salsicha poderia passar sem o tripolifosfato: ele é prescindível do ponto de vista tecnológico e tem muito sódio – um problema para hipertensos. Por isso, é evitado na Alemanha e na Suíça.
Aroma de fumaça
É como comer fumaça em pó. A fábrica destila a fumaça na água, filtra as impurezas e seca a solução. O pó restante é acrescentado à massa, dando aquele sabor de defumado à lingüiça.
Corante de urucum
Usado como maquiagem por índios brasileiros, o urucum dá a cor da capa da salsicha. O Brasil usa urucum na salsicha porque, aqui, ela só vende se for colorida. Mas a lei proíbe urucum na parte interna – que poderia mascarar uma possível falta de carne.
Carmim de cochonilha (INS 120)
Parece piada, mas esse corante é extraído da fêmea do Dactylopius coccus, um besouro que não mede mais de 5 milímetros. Secado ao sol e depois triturado, o besouro vira um corante vermelho usado em iogurtes, sorvetes, recheios de bolachas. O problema é juntar tantos insetos: para cada quilo do pigmento, vão 150 000 besouros!
PRECAUÇÕES
• Nos desodorantes antitranspirantes, o cloreto e o sulfato de alumínio bloqueiam a produção do suor. Os cientistas ainda não têm certeza se esse bloqueio traz problemas. Na dúvida, melhor preferir os desodorantes que não impedem a transpiração.
• A salsicha pode não ser um primor, já que mistura ave, porco e miúdos de ambos na composição. Mas jornal, definitivamente, ainda não entrou para a fórmula, como as correntes na internet propagam.
• O leite longa-vida não tem conservantes: ele passa por um processo de esterilização a alta temperatura. É fervido a 144 oC por cerca de 3 segundos.
FONTES: Pedro Eduardo de Felício, professor da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp (salsicha); Carmen Silvia Fávaro Trindade, professora de Engenharia de Alimentos da USP (refrigerante e ketchup); empresa Unilever do Brasil (ketchup); Associação Brasileira de Cosmetologia (xampu e creme de barbear); Marcelo Guimarães, professor de farmacotécnica e cosmetologia da Universidade Mackenzie e da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC; e Mônica Camargo, pesquisadora do Centro de Química e Nutrição Aplicada (Ital).

 Fonte: Revista Superinteressante

domingo, 2 de março de 2014

Teoria levanta fortes evidências de que Hitler fugiu para a Argentina após a Segunda Guerra

Adolf Hitler | Notícias | The History Channel
Adolf Hitler não morreu em 30 de abril de 1945, entre 15h e 16h, com um tiro na cabeça, em um bunker de Berlim. Ele e Eva Braun teriam fugido para a Argentina, sob identidades falsas, para viver tranquilamente no campo, com conhecimento e anuência dos vencedores da Segunda Guerra Mundial. Esta é a versão da história sobre o Führer defendida pelo jornalista e pesquisador argentino Abel Basti no seu mais recente trabalho, “Tras los pasos de Hitler” (Seguindo os passos de Hitler, em uma tradução livre), livro lançado neste mês de fevereiro, pela editora Planeta, da Argentina
Ao longo das últimas décadas, Basti tem se dedicado à pesquisa sobre nazistas que fugiram para a América do Sul após a Segunda Guerra. Assim como Adolf Eichmann e Josef Mengele (“O Anjo da Morte”, que viveu no Brasil), Hitler também teria se escondido no hemisfério Sul. Ele teria viajado de submarino à Patagônia e usado várias identidades, como Kurt Bruno Kirchner e Adolf Schütelmayor. Além de viver em solo argentino, o líder nazista também teria passado pelo ParaguaiColômbia e Brasil.
Ainda de acordo com o autor, Hitler morreu na década de 70. No livro, ele cita o testemunho de um ex-militar brasileiro, filho de um nazista do alto escalão, que diz que o Führer morreu em 5 de fevereiro de 1971. Hitler estaria enterrado em uma cripta de um antigo bunker nazista no Paraguai, onde hoje está um "moderno e exclusivo hotel".
Basti vai ainda mais longe em sua teoria e defende que a fuga de Hitler "não teria sido possível sem um acordo militar entre os nazistas e os norte-americanos, que consistia da saída (da Alemanha) de homens, dinheiro e tecnologia militar para serem reutilizados contra o comunismo, em troca de imunidade aos nazistas e reciclagem destes numa estratégia de guerra dos EUA".
Para fundamentar suas ideias, o jornalista usa testemunhos de pessoas que teriam vivido e trabalhado com Hitler na Argentina, além de supostos documentos secretos. O fato é que não é de hoje que teorias contestam a versão oficial sobre a morte de Hitler por conta de acontecimentos pouco esclarecidos até hoje. Oficialmente, em 1992, KGB, o serviço secreto da União Soviética, liberou registros que confirmam a versão amplamente aceita da morte de Hitler. Contudo, os arquivos russos não explicam o que teria ocorrido com os restos mortais do Führer, o que abre o leque para mais especulações e teorias paralelas à versão oficial. 
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